quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O peso das coisas mal resolvidas ...

Eu não costumo julgar, fornecer falsas promessas, mas em um tempo atrás, 10 meses aproximadamente, eu julguei e forneci falsas promessas. ‘A quem?’ Você deverá se perguntar, a mim mesma.
Eu prometi a mim que não julgaria e que entenderia qualquer que fossem os fatos e acontecimentos.
Eis a questão, eu não costumo fazer isso com os outros para não causar conflitos e muito menos, falsas esperanças. Mas o fiz comigo mesma.

Prometi que eu entenderia um problema que eu não tinha conhecimento, o fiz acreditando que saberia lidar com a situação, por plena e única petulância minha.
Petulância, pois por ter já passado por N questões eu pensei: “Sim, eu consigo enfrentar mais essa” ...  Por puro e único atrevimento meu imaginei-me superior a determinadas questões as quais eu nunca pude supor que estariam além do meu alcance, afinal, leitura sempre fora meu forte.
Pesquisa, leitura, assimilação ...
Leitura, conjectura, estas são coisas tão diferentes da prática, da vivência, do dia-a-dia, do que realmente ocorreu.
Eis que me decepciono comigo mesma, não com os outros envolvidos, e hoje me pergunto como pude ser tão egoísta? Como pude fazer isso?
Não percebi, não fui capaz, não fui honesta comigo mesma, não me alertei sobre, não reli o que já havia lido, não estruturei meus pensamentos, não vislumbrei que o erro poderia ser meu, por não aceitar que o que eu havia dito: “eu não me preocupo sobre isso, pois já passei por coisa semelhante”, mas que grande erro o meu!

Julguei sem piscar!

Errei feio, mas meu principal erro foi comigo mesma.
Sinto vergonha de mim mesma.
Menti para mim, enganei-me por inteiro, não jogarei a culpa em outrem, assumo que errei feio em acreditar em mim mesma, orgulho, petulância, falta de preparo, experiência, ignorando coisas tão claras e óbvias.

Atualmente tenho em minha mente duas coisas claras:
  • Erros e mal entendidos da minha parte me fazem enxergar que eu realmente preciso ‘entender’ melhor minhas incapacidades e parar de efetuar a mim mesma falsas promessas.
  • É realmente mais fácil julgar do que ajudar ...

Hoje carrego em mim falsas esperanças, pesadas e falsas esperanças, pois prometi a mim mesma algo que não poderia cumprir.

Eis o meu peso das coisas 'mal resolvidas'.

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